quinta-feira, 30 de maio de 2019

A escola de Safo - o amor em Lesbos



A escola de Safo - o amor em Lesbos

Concebeu Safo uma escola para moças, onde lecionaria a poesia, dança e música (...). Ali as discípulas eram chamadas de hetairai (amigas) e não alunas. A mestra apaixona-se por suas amigas, todas. Dentre elas, aquela que viria a tornar-se sua maior amante, Atis - a favorita, que descrevia sua mestra como vestida em ouro e púrpura, coroada de flores.
Tantos milênios passaram-se após a vida desta figura feminina excepcional, que a humanidade viveu momentos de glória e desprezo sobre sua arte e personalidade. Em 1073 suas obras, junto com as de Alceu, foram queimadas em Constantinopla e em Roma. Mas foram redescobertas poesias dela em 1897. 
Safo foi chamada de "cortesã" (prostituta), por Suidas. E contavam que havia se suicidado pulando de um precipício na ilha de Lêucade.
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Ditosa que ao teu lado só por ti suspiro! 
Quem goza o prazer de te escutar, quem vê, às vezes, 
teu doce sorriso. 
Nem os deuses felizes o podem igualar. 
Sinto um fogo sutil correr de veia em veia por minha carne, 
ó suave bem-querida, 
e no transporte doce que a minha alma enleia 
eu sinto asperamente a voz emudecida. 
Uma nuvem confusa me enevoa o olhar. 
Não ouço mais. 
Eu caio num langor supremo; 
E pálida e perdida e febril e sem ar, um frêmito me abala... 
eu quase morro ... eu tremo.


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