A paixão é feita de caos;
nela, o ciúme é regra
e o desejo
- inesgotável -
sempre tem pressa.
Tudo cega
e nada se vê ao redor;
ela ocupa o tempo por inteiro:
Não há passado,
não há futuro.
O presente, onipresente, é o único chão;
e o chão que pisamos é terra de ninguém.
Mas o fim está a um passo:
ela explode para terminar,
ou arrefece para tornar-se amor.
Letícia Araujo
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